O livro
Canção, estética e política: ensaios legionários recontextualiza a obra da Legião Urbana em sua tentativa de traduzir seu próprio tempo em
canção. O período de redemocratização trouxe na música popular um sério questionamento sobre o país
e sua estrutura
política e social. Os filhos da Ditadura não se acomodaram em simplesmente negar a pátria ou construir um discurso niilista. O rock brasileiro dos anos 80 representou bem o processo de abertura
política, globalização
e urbanização que a sociedade brasileira enfrentava. Mais do que isso, a transformação de valores com o advento de uma indústria' cultural forte
e liberta da censura, tornou-se tema
e problema para os roqueiros. A negação do 'fascismo cultural'
e a consciência de que a estrutura autoritária transcendia o modelo político, levou alguns roqueiros oitentistas a propor em suas letras uma espécie de "Utopia Lírica" através da qual, mudanças nas formas de convivência abririam espaço para uma redescrição da maneira de sentir/perceber a
política, o que acarretaria transformações sociais. É esse tipo de romantismo utópico que encontramos na obra da banda de rock Legião Urbana, que, dialogando com a filosofia, literatura, a história do rock
e da
canção popular, arte, cinema
e política, traduziu em suas canções as esperanças
e desilusões dos jovens brasileiros da abertura democrática à "Era Collor". A banda representou a transição do discurso
épico (que marcou as eleições diretas para o executivo federal em 1989) para o relativo domínio da prosa na
política brasileira: com a mudança em suas letras de um discurso ético-ecumênico (no fim dos anos 80) para o assombro surrealista (no começo da década de 90). Essa transição marca uma mutação na forma de vínculo entre público
e privado que põ
e em xeque a própria possibilidade de Utopia(s). . Os ensaios analisam a construção conceitual dos álbuns da Legião
e a trajetória de Renato Russo, tratando pormenorizadamente de suas canções
e de como elas formulam uma perspectiva filosófica de
política cultural. Em apêndice o livro trás um glossário que dá uma breve descrição do interdiscurso presente em cada
canção da Legião Urbana.
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Entrevista/Marcos Carvalho Lopes?A Legião Urbana procurou representar o País?Autor do livro Canção, Estética e Política ? Ensaios Legionários (Ed. Mercado de Letras), o professor Marcos Carvalho Lopes faz uma leitura sob um prisma diferente das...
No blog http://ensaioslegionarios.blogspot.com.br/ você encontra mais informações sobre meu livro Canção, estética e política: ensaios legionários. Pode também encontrar material de divulgação e acompanhar como o trabalho ganha repercussão...
Quinta-feira ? 05 de julho 09:00hs Oficina: Canção popular como abertura para a filosofia: pensando com a Legião Urbana e os Engenheiros do Hawaii - Marcos Carvalho Lopes (UNIRIO) Local: Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, UFRJ,...
Por que escrever um livro de filosofia em torno da Legião Urbana? É apenas uma banda de rock, diriam alguns, com letras e arranjos simples, como tantas outras que surgiram no cenário brasileiro dos anos 80. Nada mais injusto. A aparente simplicidade...
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