Hegel foi o maior dos idealistas alemães, certamente o mais difícil de entender e possivelmente o mais escandaloso em suas pretensões de ter entendido toda a história da filosofia. Foi professor universitário e catedrático de filosofia durante quase toda a vida e, como Kant, quase mais nada fez.
No inicio, Hegel era um tanto místico, e alguns críticos sugerem que ele jamais superou esta característica. De seus muitos escritos os mais importantes são: A Fenomenologia do Espírito, A Ciência da Lógica e A Filosofia do Direito.
Os dois primeiros talvez possam ser considerados os mais obscuros de toda a filosofia, e foram, portanto, os que mais produziram interpretações.
Hegel pode ser descrito como um monista, alguém que crê na totalidade única, o ESPÍRITO ABSOLUTO.
Hegel começou rejeitando a coisa em si de Kant e o mundo noumênico. Hegel afirmava que a tese de Kant de que algo que existia (a coisa em si) era incognoscível, era uma contradição flagrante, que violava as próprias leis de Kant sobre os limites do conhecimento.
Os idealistas e Hegel manifestaram a visão oposta de que tudo o que é, é cognoscível. Na famosa máxima de Hegel:
“O REAL É RACIONAL E O RACIONAL É REAL.”
Fundamental no pensamento de Hegel é a noção de que tudo está interligado. Enquanto a maioria dos filósofos a partir de Aristóteles defendia que a realidade tinha de ser separada em pares distintas – quer como fatos, objetos ou mônadas – Hegel dizia que nada era desconexo.
Para Hegel, a realidade última era a idéia absoluta – “a verdade é o todo”. Ele equiparava Verdade a Sistema. A peça individual só tem significado quando vista como parte do quebra-cabeça.