Filosofia
Sobre a Hipocrisia do Educador Fraco
Sobre a Hipocrisia do Educador Fraco Que escola sonhamos ter? A mais perfeita possÃvel! Que educação queremos para nosso paÃs, estado e cidade? A mais adequada possÃvel! Como devem ser os professores? Os mais sábios possÃveis!
Sonhos, sonhos e mais sonhos... Mas o que estamos fazendo na realidade? Que podemos entender pela palavra Hipocrisia?
Hipocrisia é a qualidade (defeito) do sujeito que prega o que não vive. Ensina o que não sabe. Dá ordem de moralidade aos outros, mas é o mais imoral de todos.
Hipócritas são as pessoas que acreditam poder dizer: “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço!â€. Os hipócritas são sempre “sepulcros caiadosâ€, como diria o grande mestre.
Boa parte dos educadores-fracos são hipócritas. São afiados para criticar a educação. Criticar o governo. Criticar a diretoria de ensino, o sindicato, a direção da escola, enfim, os educadores-hipócritas são campeões de discurso. Menosprezam até seus colegas do magistério.
Entretanto, apesar de todo esse “senso crÃticoâ€, os educadores-fracos (ou pseudo-educadores) são iguais e, infelizmente, à s vezes, piores do que aqueles que eles criticam!
Podemos dar diversos exemplos para comprovar isso. Podemos falar das aulas que os pseudo-educadores não preparam nunca – e nem querem. Podemos falar das formas antiéticas como avaliam seus alunos, protegendo uns e “ferrando†os outros. Podemos falar da forma baixa e imoral como falam da educação, sem respeito algum, sem sonho de melhoria algum. Enfim, os educadores-fracos têm defeitos pedagógicos explÃcitos.
Mas falemos de apenas uma qualidade (defeito) tÃpica do educador-hipócrita: sua (ausente) formação pessoal e profissional.
O educador-fraco também passou pela faculdade. Normalmente é assim. Mas que vivência você acha que ele teve na época de sua formação? Você acha que os hipócritas são capazes de auto-reconhecer suas falhas? Jamais! Para eles, sua época de faculdade foi a mais rica possÃvel, a mais fecunda que se pode sonhar.
Mas é hábito da realidade desmentir a hipocrisia. Por isso, quer na sala de aula em nossas faculdades, quer na sala de aula em nossas escolas, os pseudo-educadores não conseguem se esconder por muito tempo. Logo revelam sua fragilidade pedagógica e sua hipocrisia moral.
Não ousemos dizer que esses falsos professores são maioria ou minoria em nossa educação brasileira. Apenas podemos constatar que eles existem. Existem em toda escola. E vivem para disseminar seus discursos cheios de significado e vazios de testemunho.
Mas, tudo isso começa na formação dos professores. É na faculdade que vemos as sementes de educadores-fracos. Há vestÃgios para identificá-los. Eles menosprezam sua formação. Não gostam das “matérias difÃceisâ€. Não querem ler os livros. Eles estão sempre cansados para as aulas. Nunca conseguem ouvir bem seus professores. Aliás, em casos extremos, o educador-fraco, mesmo na época de sua faculdade, já acredita saber mais que alguns de seus professores!
Há ainda muitos outros vestÃgios para identificar a hipocrisia do mau educador: ele burla seus estágios obrigatórios (acredita não precisar deles). Ele compra trabalhos prontos. Ele gosta de faltar no limite possÃvel das aulas – pois da faculdade ele quer apenas o diploma. Não acredita poder aprender conhecimentos novos. Acha tudo que ouve inútil demais para gastar seu tempo refletindo.
Novamente, afirmo: não falemos em números, na quantidade exata dos educadores-fracos. Lembremos apenas que eles estão por aÃ. Reclamando de tudo e todos, menos reclamando de si mesmos. Cobrando a tudo e todos, mas jamais cobrando a si próprios. Isto é, continuam vivendo esta qualidade (defeito) tÃpica dos hipócritas.(O autor, prof. Wellington Martins, é docente universitário; mestrando em Filosofia ética (medieval), pela PUC/SP; graduado em Filosofia (licenciatura), pela USC/Bauru /
[email protected])
www.facebook.com.br/prof.wellington.martins
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