A Filosofia na Idade Média - parte 3
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A Filosofia na Idade Média - parte 3



Harmonizando pensamento e misticismo, Agostinho de Hipona acreditava que o limite das pessoas era a medida de sua comunhão com Deus nesta vida terrestre. Segundo Santo Agostinho, o mais próximo que as pessoas conseguem chegar de Deus, será quando morrerem e forem para o céu. Somente no fim de nossa vida, poderemos experimentar a realidade divina sem estarmos presos à realidade física.
“O fato de não podermos experimentar Deus plena ou diretamente não significa que não devamos tentar compreender a verdade divina nesta vida”. A relação entre Deus e a alma humana é uma chave para o entendimento da verdade divina.
A fórmula agostiniana – “Entende para crer e crê para entender” –fornece, de renovadas formas, um quadro básico que permitirá aos medievais colocar a serviço da fé os recursos da cultura profana. Quer dizer, a fé não elimina a inteligência, não despreza a razão, não arruína o pensamento. É preciso entender – minha palavra – para crer; crê – a palavra de Deus – para entender.
Pode-se dizer que Agostinho forneceu aos medievais um ideal cultural, uma síntese doutrinal e uma orientação filosófica. O ideal cultural prefigura a atitude do cristão para com a sabedoria pagã: as verdades enunciadas pelos filósofos não devem ser temidas, mas reclamadas deles como de injustos possuidores. Coloca assim, a serviço da sabedoria cristã, sua cultura de retórico romano.
Mais importante ainda é a orientação filosófica de Agostinho. Ela (a filosofia) possui um valor positivo, pois é uma riqueza inesgotável, em cujo seio o espírito progride indefinidamente de luz em luz, sem nunca chegar ao fim, mas também sem deixar nunca de adquirir novas luzes.
“Procuramos, pois, como se fossemos encontrar, mas não encontraremos nunca, senão indo procurar sempre”.



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