Filosofia
Questões de Vestibular sobre Helenismo, CRistianismo e Filosofia Medieval
Helenismo/Cristianismo/Filosofia Medieval1)(UFU 1/1999) Pedro Abelardo foi um filósofo medieval que participou de uma acirrada disputa filosófica no
século XII. Essa disputa centrava-se sobre
A) a existência de Deus.
B) o predomínio da fé sobre a razão.
C) a questão da existência dos universais.
D) a presença do mal no mundo.
E) a morte da alma.
Agostinho1(UFU 09/2002) A Patrística, filosofia cristã dos primeiros séculos, poderia ser definida como
A) retomada do pensamento de Platão, conforme os modelos teológicos da época, estabelecendo estreita relação entre filosofia e religião.
B) configuração de um novo horizonte filosófico, proposto por Santo Agostinho, inspirado em Platão, de modo a resgatar a importância das coisas sensíveis, da materialidade.
C) adaptação do pensamento aristotélico, conforme os moldes teológicos da época.
D) criação de uma escola filosófica, que visava combater os ataques dos pagãos, rompendo com o dualismo grego.
2 (UFU 09/2002) Agostinho formula sua teoria do conhecimento a partir da máxima ?creio tudo o que entendo, mas nem tudo que creio conheço?. A posição do autor não impede que cada um busque a sabedoria com suas próprias forças; o que ainda não é conhecido pode ser revelado mediante a consulta da verdade interior.
Com base neste argumento, assinale a alternativa correta.
A) É incorreto afirmar que a verdade interior que soa no íntimo das pessoas seja o Cristo; e o arbítrio humano é consultado sobre o que não se conhece.
B) As coisas que ainda não conhecemos só podem ser percebidas pelos sentidos do corpo e podem ser comunicadas facilmente por intermédio das palavras.
C) A verdade interior está à disposição de cada um e encontra-se armazenada na memória, de modo que o uso da memória dispensa a contemplação da luz interior.
D) A verdade interior só pode ser percebida pelo homem interior, que é iluminado pela luz desta verdade interior, que é contemplada por cada um.
3) (UFU- Março de 2002) ?Diz o profeta: ?Se não credes, não entendereis?; certamente não diria isto se não julgasse necessário pôr uma diferença entre as duas coisas. Portanto, creio tudo o que entendo, mas nem tudo que creio também entendo?.
Sto. Agostinho. De Magistro. Coleção ?Os Pensadores?. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
Explique a idéia central desse fragmento a partir da relação entre Fé e Razão no contexto da Filosofia Patrística
4) (UFU 1ª fase Janeiro de 2004)Agostinho escreveu a história de sua vida aos 43 anos de idade. Nas Confissões, mais do que o relato da conversão ao cristianismo, Agostinho apresenta também as teses centrais da sua filosofia. Tanto é assim que, ao narrar os primeiros anos de vida e a aquisição da linguagem, o autor já fazia menção à teoria da iluminação divina. Vejamos:
? Não eram pessoas mais velhas que me ensinavam as palavras, com métodos, como
pouco depois o fizeram para as letras. Graças à inteligência que Vós, Senhor, me destes, eu
mesmo aprendi, quando procurava exprimir os sentimentos do meu coração por gemidos,
gritos e movimentos diversos dos membros, para que obedecessem à minha vontade.?
AGOSTINHO. Confissões. Trad. de J. Oliveira Santos e A. Ambrósio de Pina. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p. 15.
Analise as assertivas abaixo.
I . A condição humana é mutável e perecível, por isso, não pode ser a mestra da verdade que o homem busca conhecer, ou seja, conhecimento da verdade não pode ser ensinado pelo homem, somente a Luz imutável de Deus pode conduzir à verdade.
II . A inteligência, dada por Deus, é idêntica à Luz imutável, que conduz ao conhecimento da verdade, ambas proporcionam a certeza de que o entendimento humano é divino e dotado da mesma força do Verbo de Deus, que a tudo criou.
III . A razão humana é iluminada pela luz interior da verdade. Assim, Agostinho formulou, pela primeira vez, na história da filosofia, a teoria das idéias inatas, cuja existência e certeza são independentes e autônomas em relação ao intelecto divino.
IV . O conhecimento daquilo que se dá exclusivamente à inteligência não é alcançado com as palavras de outros homens, porque elas soam de fora da mente de quem precisa aprender. Portanto, esta verdade só é ensinada pelo mestre interior.
Assinale a alternativa que contém as assertivas verdadeiras.
A) I e III
B) I e IV
C) II e III
D) II e IV
Tomas de Aquino1(UFU 1/1999)O filósofo grego que maior influência exerceu sobre Santo Tomás de Aquino foi
A) Platão.
B) Aristóteles.
C) Sócrates.
D) Heráclito.
E) Parmênides.
2(UFU 1/19
99) Para Santo Tomás de Aquino, um dos princípios do conhecimento humano era o princípio da causa eficiente. Esse princípio da causa eficiente exigia que o ser contingente
A) não exigisse causa alguma.
B) fosse causado pelo intelecto humano.
C) fosse causado pelo ser necessário.
D) fosse causado por acidentes casuais.
E) fosse causado pelo nada.
3(UFU 1ª Fase Janeiro de 2004) Em O ente e a essência, Tomás de Aquino argumenta sobre a existência de Deus, refutando teses de outras doutrinas da filosofia escolástica. Com este propósito ele escreveu:
?Tampouco é inevitável que, se afirmarmos que Deus é exclusivamente ser ou existência, caiamos no erro daqueles que disseram que Deus é aquele ser universal, em virtude do qual todas as coisas existem formalmente. Com efeito, este ser que é Deus é de tal condição, que nada se lhe pode adicionar. (...) Por este motivo afirma-se no comentário à nona proposição do livro Sobre as Causas, que a individuação da causa primeira, a qual é puro ser, ocorre por causa da sua bondade. Assim como o ser comum em seu intelecto não inclui nenhuma adição, da mesma forma não inclui no seu intelecto qualquer precisão de adição, pois, se isto acontecesse, nada poderia ser compreendido como ser, se nele algo pudesse ser acrescentado."
AQUINO, Tomás. O ente e a essência. Trad. de Luiz João Baraúna. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 15. Coleção .Os Pensadores..
Tomás de Aquino está seguro de que nada se pode acrescentar a Deus, porque
A) sua essência composta de essência e existência é auto-suficiente para gerar indefinidamente matéria e forma, criando todas as coisas.
B) sua essência simples é gerada incessantemente, embora não seja composta de matéria e forma, multiplica-se em si mesmo na pluralidade dos seres.
C) é essência divina, absolutamente simples e idêntica a si mesma, constituindo-se, necessariamente, uma essência única.
D) é ser contingente, no qual essência e existência não dependem do tempo, por isso, gera a si mesmo eternamente, dando existência às criaturas.
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