O autor do artigo reproduzido abaixo, faz uma comparação estatÃstica do Brasil com outras nações do mundo, como a China ou o Japão. Suas observações são muito interessantes e somos tentados a concordar com o subscritor em alguns aspectos.
Porém, refletindo criteriosamente, me pergunto: é justo comparar o Brasil com outras nações e culturas? Até que ponto podemos pegar dados numéricos crus e emitir um juÃzo para absolver ou condenar este ou aquele povo? Podemos sim afirmar, sem medo de errar, que nossas Saúde e Educação Públicas são sofrÃveis e que deixam muito a desejar. Contudo, é coerente fazer comparações e tirar conclusões utilizando meramente o método estatÃstico? Penso eu que toda comparação é odiosa. De qualquer modo, reproduzo o texto, pois a reflexão proposta é válida.
O grande pacto nacional pelo progresso
Por que o Brasil, com riquezas incontáveis e um povo excepcional, afável, criativo e trabalhador, não consegue se tornar um paÃs desenvolvido
POR PEDRO VALLS FEU ROSA | 17/12/2013
Dia desses li que nos últimos anos a China acumulou US$ 2 trilhões em reservas estrangeiras. Gastou, apenas em 2008, US$ 52 bilhões em investimentos no exterior e separou US$ 265 bilhões para projetos de infraestrutura nos anos de 2009 e 2010 – isso corresponde aproximadamente ao PIB da Argentina.
O governo chinês anunciou que, até 2012, construirá 29 mil novos hospitais e postos de saúde – somente para fins de comparação, o Brasil possui menos de três mil hospitais públicos municipais, estaduais ou federais.
A China consome a cada ano 450 milhões de toneladas de aço, contra apenas 24 milhões do Brasil. É também a maior consumidora mundial de cobre, zinco e alumÃnio.
Alguém poderia dizer que comparar a China com o Brasil é covardia. E é mesmo. Com a China, um paÃs bem mais pobre que o nosso. Para ficar no básico, a maior parte do território chinês é praticamente inabitável, constituÃdo de desertos inóspitos ou montanhas geladas. As riquezas minerais daquele paÃs nem de longe se igualam à s nossas.
Há poucos dias li que o Japão, sozinho, já registrou incrÃveis 408.674 patentes. Só para fins de comparação, o Brasil tem apenas 24.074 patentes registradas. O mais triste, porém, para nosso povo notoriamente tão criativo, é que destas 24.074 patentes apenas 3.803 são realmente invenções de brasileiros – as outras 20.271 são criações de empresas estrangeiras que também registraram aqui suas ideias para fins comerciais.
Concordo que é injusto compararmos o Japão, a terceira maior economia do planeta, com o Brasil. Injusto com o Japão, claro. Afinal, trata-se de um paÃs paupérrimo, desprovido das riquezas minerais mais básicas, que depende de importar quase tudo para poder sobreviver.
PoderÃamos comparar o Brasil, ainda, com a SuÃça, o Reino Unido, a Alemanha, a Suécia ou a Coreia do Sul, todos eles paÃses com altÃssimo grau de desenvolvimento. Mas não, seria covardia – com estes paÃses, claro, já que o nosso tem mais riquezas naturais e minerais que todos eles somados.
Diante desses números, cabe perguntar, parafraseando Castro Alves: Brasil, ó Brasil, onde estás que não respondes? Em que mundo, em que estrela tu te escondes?
A resposta não pode ser dada apenas pelo governo – este, sozinho, pouco poderá fazer. A resposta a essa dura realidade há que vir de todos os brasileiros; há que vir de um verdadeiro pacto nacional pelo desenvolvimento – desde o povo mais humilde até as altas esferas do mundo financeiro e empresarial brasileiro, passando pelas autoridades, imprensa e igrejas.
Seria isso um sonho? Não, em absoluto. Foi, acima de tudo, o esforço nacional concentrado e a mudança geral de atitude de largas parcelas da população que realizaram o milagre de levantar das cinzas da destruição a Alemanha, o Japão e a Coreia do Sul, e que estão elevando espetacularmente a China.
Temos o hábito de buscar defeitos em paÃses mais desenvolvidos – nos alivia o pensamento de que “eles estão como nósâ€. Não estão. SuÃços, sul-coreanos, japoneses, alemães, suecos e tantos outros não convivem com vias esburacadas, carência brutal de serviços de saúde, insegurança que atinge nÃveis insuportáveis ou fome e miséria nos nÃveis daqui.
Sim, eles conseguiram chegar lá. Por que não nós? Temos riquezas incontáveis e um povo excepcional – afável, criativo e trabalhador. Temos mais chances do que eles jamais tiveram! Levanta a cabeça, Brasil!
fonte: http://congressoemfoco.uol.com.br/opiniao/colunistas/o-grande-pacto-nacional-pelo-progresso/
loading...
interessante reflexão do jornalista Adalberto Piotto, em análise sociológica da sociedade brasileira, no que se refere à questão da cidadania e da maturação do povo para seu exercÃcio pleno. vale a pena ler e refletir! Uma...
E muitas obras não ficaram prontas, mesmo com RDC 20/05/2014 Por Henrique Ziller* O Regime Diferenciado de Contratações seria a redenção das obras públicas no Brasil. Prometeu muito e entregou pouco, por uma...
A crise da representatividade no Brasil (*) - (*) Jaime Luiz Klein Publicado no Jornal NotÃcias do Dia, em SCA democracia – conquistada a duras penas por idealistas que lutaram contra o autoritarismo e a tirania de governos...
2013: um marco para um futuro mais justo e transparente Foto: AP2013 será lembrado pelos protestos e manifestações em todo o paÃs, ao lado de avanços e conquistas importantes para a luta anticorrupção. As pessoas foram para...
02/09/13 03:00 - Opinião - Jornal da Cidade Não podemos chamar isso que temos de governo!Rafael Moia Filho O povo brasileiro é desprovido de governantes, temos democracia, votamos, elegemos, até já cassamos um presidente, mas...