E na tua vida, há Mundo para uma Sofia?
Filosofia

E na tua vida, há Mundo para uma Sofia?


A pergunta que mais me colocaram nos ultimos três anos, depois de "porque escolheste o pseudonimo Elite?" é "mas quem é a Sofia a quem escreves as tuas cartas?". Sei que nunca fiz post nenhum para explicar quem era/é a Sofia. Para dizer a verdade, nunca tinha pensado realmente no assunto. Sempre sonhei ter um livro com este nome. Cartas à Filo-Sofia... Um livro no qual desabafaria todas as minhas mágoas com alguém que me compreendesse e respondesse. E dei-me conta que esse nome não saiu do acaso. Não fui exactamente pelos significados "filos" e "sofia". A culpa foi do livro "O Mundo de Sofia" do escritor norueguês Jostein Gaarder. O Mundo de Sofia, para mim, não é apenas um livro. Não são apenas páginas por folhear. É um livro que me fez viajar, no verdadeiro sentido da palavra. Há alguns anos atrás, viajei com livro, de Montpellier a Lisboa. Uma viagem que até hoje tem todo o seu significado, como o inicio de uma reflexão mais profunda sobre a minha vida. Sobre a luta pelo alcance dos sonhos, por mais medo que tenhamos do que (ainda) não conhecemos. Não posso estender-me sobre o assunto porque as emoções são assim. Poem-me assim. Simplesmente speechless. Mas a verdade é que a Sofia que eu procurava há três anos atrás, não é de todo a mesma que eu "procuro" hoje. Antes queria uma Sofia na minha vida. Que fosse a minha melhor amiga, a quem eu pudesse contar todos os meus segredos, alguém que me fizesse sentir bonita, amada e feliz de estar na terra. Queria que a Sofia me desse um proposito pelo qual eu pudesse viver. Mas descobri que no fundo, a Sofia não existe nos outros. Ninguém pode realmente responder pela Sofia. A Sofia, esse ser que eu procurava e secretamente amava existe apenas em mim. Dentro de mim. Para mim. Eu sou a Sofia. Eu sou a minha Sofia. Que finalmente encontrei. Que eu não via. Que afinal morava enjaulada dentro do meu corpo. Com medo de sair. O que quer dizer que todos nós temos "Sofia"s dentro de nós-próprios. Essa voz que ouvimos que motiva "vai, segue em frente", "anda, tenta isso", "vá lá, não tenhas medo de experimentar algo de novo", que protege "não tenhas medo", "não ligues ao que ele disse", "não estás sozinha" e que nos enfrenta "não é assim que deves fazer", "não penses assim", "levanta a cabeça, menina!". Dêm-lhe o nome que quiserem, que seja Pulquéria ou Zé Carlos. Tem de haver espaço em nós para esse "eu" que existe para nos tornarmos mais felizes. Se não felizes, pelo menos, serenos. Todos temos essa voz em nós, que sente a necessidade de falar connosco, de ser ouvida por nós e que nos dá vontade de avançar.


... porque no meu mundo, há uma Sofia... que não deixa parar nem baixar os braços... que apesar de eu não ser a pessoa mais optimista do mundo, ela não me deixa negativizar durante muito tempo.
...é importante saber porque o pneu furou no meio da auto-estrada... mas chega sempre a hora em que é preciso parar de pensar na morte da bezerra e pensar mudar de pneu ou ligar para o reboque. Jostein Gaarder disse "o que é necessário para sermos bons filósofos é ter a capacidade de sonhar".
... então amigos, depois de sonhar, toca a começar a realizar...
(mesmo quando lá fora está frio, vontade de ir trabalhar é zero,
os outros são todos uns chatos, ninguém nos compreende,
o café salta para a mão quando andamos e apanhamos chuvada porque não temos guarda-chuva
ou um carro passa a zarpar
e a água toda da rua cai em cima de nós cinco minutos antes de uma reunião...
...ah e a ventania estraga o penteado que demoramos três quartos de hora a realizar).




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