Filosofia

Festa no castelo - As fotos

Querida Sofia,

Aqui vão algumas fotos da festa no castelo. Cheguei adiantada (acho que nos últimos meses, fiquei traumatizada com os atrasos dos outros) e fui agradavelmente surpreendida pela gaita-de-foles e pela indumentária escocesa do "acolhimento". Hmmm, kilts... hormones shaking.

Estava na Festa de Verão da OECD, a organização que reúne os 30 países mais ricos do mundo. Vi por lá de todas as nacionalidades. Ouvi falar sueco e norueguês (digo isto por saber a nacionalidade das pessoas em questão, não sou fresca o suficiente para assumir que compreendo o que dizem assim, sem mais nem menos), muito inglês, francês (mas muito pouco).

Vi pessoas que saíram directo do trabalho para lá, uns que foram buscar os filhos que passeavam aos olhos das mulheres de mais de trinta anos, babadas e com os relógios biológicos (essa cena existe mesmo?) a fervilhar. O que mais gostei foi mesmo do povo (povo, como quem diz…) descontraído, por estar um tempo fabuloso com sol (enquanto prometiam chuva!) deitados e sentados no chão para comer. Na descontra, como se diz, right?

Não tirei muitas fotos (nem sei como o meu MEGA aparelho entrou na minha MINI clutch) porque quis mesmo aproveitar a festa, as bandas, os cantores ao vivo, o ecrã gigante dentro do castelo para os que quisessem ver o jogo da França (not my case), as luzes quando a noite caiu. Ah, e claro, já tinha a flûte e um prato na mão, com canapés (que nem quero saber o que tinham por dentro), então fiquei-me por dez fotos e final de papo.

Único senão: um homem aí da vida, que quando soube que eu era de Angola, não hesitou em dizer-me que ele trabalhava na companhia que emitia as nossas notas de banco e perguntou-me se conhecia um “famoso senhor Vicente” que era próximo do presidente Angolano. “Amigo, todo o mundo diz-se próximo do nosso presidente, sabe?”. Ai, uma conversa daquelas que me faz querer enterrar-me na relva para desaparecer dali em segundos. Mas bom, não morri.

Final das contas: valeu a pena. Podem convidar-me para o(s) próximo(s) ano(s), lá estarei. Alias, qualquer lugar onde o champanhe é servido sem limite de consumo, lá estarei.

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