KIRIKU E A FEITICEIRA - Resenha
Filosofia

KIRIKU E A FEITICEIRA - Resenha


RESENHA: Kiriku e a Feiticeira (Kirikou et la Sorcière), 1998 (França); direção: Michel Ocelot 
por Thaís Franco Tranquelin

O meu trabalho é um estudo sobre discriminação e preconceito, tendo como base o filme de Kiriku. Este filme conta a lenda de um menininho especial, que ajuda sua sociedade a se livrar de uma feiticeira. Nesse caminho ele descobre várias coisas sobre a vida e outras verdades sobre essa tal feiticeira. Além de sofrer com o preconceito das pessoas de sua sociedade, que mesmo sendo ajudada por ele, o discriminava. Este preconceito se mostra em vários aspectos desta sociedade, como será mostrado no decorrer do trabalho. Esta história se passa em Senegal, na África.
 
Kiriku é um menino que nasceu prematuramente, tão cedo que ninguém acreditou. Antes mesmo de nascer já se mostrou um menino muito inteligente, pois falava dentro da barriga de sua mãe. E após nascer, além de já falar, ele andava, era corajoso, ágil, engenhoso e muito inteligente, porém era pequenino (afinal, acabara de nascer). Ele queria salvar seu povo do domínio da feiticeira Karabá lutando contra ela. E com sua inteligência salvou as crianças todas as vezes que a feiticeira tentou levá-las. Kiriku encontrava a solução para seus problemas, muitas vezes em coisas simples como um espeto quente, que ele usou para furar o bicho que bebia e secava a água da fonte de seu povo, ou o chapéu que ele se escondeu para enganar a feiticeira Karabá, livrando seu tio da ?morte?; entre outros. E com sua perspicácia lutou para alcançar seus objetivos.
 
As crianças e as pessoas da aldeia discriminavam Kiriku porque ele era diferente e tinha qualidades especiais que outros não tinham, mas que eram vistas como esquisitices. Ele era inteligente, interessado, não tinha medo, encarava todos os problemas, corria atrás de soluções para seus problemas até resolvê-los, fazia o bem, pois queria ver todos do seu povo feliz e lutava para isso. Todas essas coisas, essas diferenças, fizeram com que ele fosse visto algumas vezes como um irresponsável, estranho (principalmente por ser muito pequeno), esquisito e sem os pés no chão.
 
Karabá, a feiticeira, aos olhos de si mesma é de uma rainha, toda poderosa, que deveria fazer os outros sofrerem como ela mesma sofria (com a dor do espinho enfiado em suas costas), por isso fazia com que as mulheres da aldeia lhe dessem todo o ouro que possuíam e todos seus bens. E o medo que o povo da aldeia tinha dela, fez com que eles acreditassem que ela matava os homens que vinham lutar com ela, e que ela secava o poço de água que os abastecia. Ela, por sua vez, não desmentiu e mesmo não sendo verdade ela afirmou a história para que todos tivessem medo dela e fizessem o que ela ordenava, o que a fazia sentir-se mais poderosa e inteligente. Já aos olhos das mulheres da aldeia ela é uma pessoa má, que comeu (matou) seus maridos, é quem tirava todos os seus bens (desde jóias até água, esta última essencial para a sobrevivência delas e de suas famílias) e é quem ameaçava a vida do resto de sua família, pelo menos a dos seus filhos que sobraram. Elas tinham inveja do poder que Karabá possuía. E para os homens da aldeia, Karabá é quem os causava atração, pois todos queriam ir ver a feiticeira. Por outro lado ela é também quem os causava medo, pois o povo achava que a feiticeira comia os homens (que iam atrás dela para lutar e livrar sua aldeia do poder da mesma).
 
A mãe de Kiriku frente a si mesma é uma mulher sofrida que perdeu o marido seus filhos e seus irmãos na guerra de seu povo contra a feiticeira Karabá. Também é a mãe que tem que educar seu filho sozinha, e ajudá-lo a entender o mundo e a vida. Já frente às mulheres da aldeia, a mãe de Kiriku é quem não sabe educar o filho, a cega, que tem um filho esquisito. E frente à Kiriku, seu filho, a mãe é quem o apresenta ao mundo, quem apresenta o mundo e a vida para ele. Ela é sua professora, é quem o ajuda, quem o ama mais que tudo e incondicionalmente, é quem sabe verdadeiramente quem ele é (não só por aparências, mas por dentro, pela pessoa que ele é).
 
Meu nome é Thaís Franco Tranquelin, tenho dezessete anos, sou estudante do terceiro ano do Ensino Médio (EE.Dr. Jorge Coury), em Piracicaba-SP. 

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texto cedido gentilemente pela autora.



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