Filosofia

Da falta de (mais) mulheres líderes [no mundo]

Querida Sofia,

Uma amiga jornalista enviou-me recentemente um link para o site do Jornal Expresso, onde se falava dos traumas e falta de apoio psicológico para os homens violados em tempo de guerra. Achei intringante e continuei a ler outros posts. E houve um com um vídeo de uma TED conference (estes vídeos – da TED(x) e uns do projecto PechaKucha têm mudado a minha maneira de ver o mundo, numa outra carta tenho de colocar O vídeo que mudou a minha vida há alguns meses) com a Sheryl Sandberg, a COO da companhia Facebook.

Não quero copiar o post que fala sobre as conquistas desta mulher, que começou o seu percurso profissional na Google – mas onde tinha mesmo oportunidades de crescer enquanto profissional – e os seus sucessos dentro e com o Facebook.

Admiro pessoas assim, não só pela vida, como pela capacidade de criar um discurso fluído – que tenha sido com ou sem ajuda, quem está na linha de frente é ela –, apresentar o seu percurso a uma audiência ecléctica (a um momento dado, podemos ver a atriz Sally Field) e motivar o seu público, com histórias reais (que em francês, tem como traducção o falso amigo para nós lusófonos de anecdotes). A Sheryl fala sobre o facto das mulheres terem menos poder, vontade, pensarem ter menos legitimidade a negociar o seu contrato/salário nas empresas, a importância de um/a parceiro/a que ajude no sucesso profissional das mulheres e a escolha entre o mundo corporate e a decisão de ser mãe. Que este discurso nos pareça familiar ou não, toca-nos a todas. Não sou mãe, mas compreendo o poder das suas palavras e a essência que delas tenho de tirar. O momento no qual ela fala sobre dar-se tempo para tomar/pensar ou não nas decisões do nosso futuro antes mesmo que elas nos caiam por cima. É preciso prever, mas não se deve viver em constante antecipação por projectos que não têm impacto na nossa vida de hoje. Estes quinze minutos também me mostram e provam porque ~~sou apaixonada~~ estou sempre em completa admiração por essas mulheres, mães ou não, que trabalham, cuidam da sua casa, criam as suas empresas, com ou sem marido, mas que são tão tão tão senhoras de si (sabes quem és!).

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