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Querida Sofia,
A minha melhor amiga disse-me recentemente que sentia que eu não falava muito sobre a minha escola. E quando não falo muito sobre um assunto, é porque não está a correr bem. O que aconteceu foi que estava apenas muito ocupada com outras coisas importantes ou menos importantes para atacar o assunto da escola mais concretamente.
A minha escola é correcta, com alunos correctos, de backgrounds diversos e idades ainda mais diversas. Tem os adultos de quase 30 anos que já trabalharam, que têm as suas empresas, até um que é médico, que vieram apenas para tirar o mestrado, ter uma outra visão da sua profissão e alargar os seus horizontes. Depois tem os outros alunos que nunca trabalharam, que têm 21 ou 22 anos, que no meu conceito das coisas, não sabem o que é a vida real. Têm medo das empresas, de fazer estágios, e preferem ficar em casa a escrever teses que depois de lidas vão ser colocadas no lixo e não em prática.
A minha melhor amiga disse-me recentemente que sentia que eu não falava muito sobre a minha escola. E quando não falo muito sobre um assunto, é porque não está a correr bem. O que aconteceu foi que estava apenas muito ocupada com outras coisas importantes ou menos importantes para atacar o assunto da escola mais concretamente.
A minha escola é correcta, com alunos correctos, de backgrounds diversos e idades ainda mais diversas. Tem os adultos de quase 30 anos que já trabalharam, que têm as suas empresas, até um que é médico, que vieram apenas para tirar o mestrado, ter uma outra visão da sua profissão e alargar os seus horizontes. Depois tem os outros alunos que nunca trabalharam, que têm 21 ou 22 anos, que no meu conceito das coisas, não sabem o que é a vida real. Têm medo das empresas, de fazer estágios, e preferem ficar em casa a escrever teses que depois de lidas vão ser colocadas no lixo e não em prática.
Não entrei na escola para fazer amigos mas para finalmente ter esse mestrado que é tão essencial aqui em França. E para eu agarrar melhor o conteúdo das aulas, conhecendo-me bem, preciso “apaixonar-me” pelos professores para a matéria entrar melhor no meu cérebro. Acho que sempre baseei a minha escolaridade nisso. No carisma dos professores, na maneira de dar aulas. As minhas melhores notas sempre foram com os professores que melhor me hipnotizaram, homens ou mulheres. Sobretudo com mulheres. Não tenho muitos casos de “transfer”, como acontece quando temos um psicólogo ou psicanalista do sexo oposto.
E nesta escola, como poderia acontecer em qualquer outro lugar, tenho professores absolutamente apaixonantes e outros que têm toda a teoria e toda a experiencia do mundo, mas têm uma capacidade que nem alguns soníferos têm comigo, que é de me fazer adormecer em menos de meia hora.
O primeiro semestre foi rápido (durou menos de quatro meses), com pouquíssimas aulas e acabou com alguns exames escritos e orais, ainda espero uma nota, mas em geral, não correu mal.
A carga do segundo semestre é… como dizemos em Francês: “est passé du quitte au double”, querendo isto dizer que de poucas aulas, passei a um horário de 7 a 9 horas de aulas por dia todos os dias até Junho. Tenho 15 cadeiras ao mesmo tempo, o que representam 15 exames no final do ano. Agora é o tudo ou o nada. E para abençoar este inicio de 2° semestre, apanhei uma gripe fulminante que fez com que não conseguisse andar ou respirar ou mastigar ou falar durante três dias. Sinto que isto tudo ao mesmo tempo fez-me sentir mais forte e com mais garra para avançar com as coisas. Não vi a morte passar nem nenhum desses extremos. Mas não podia continuar mais com esta falsa vida de apenas respirar e viver para ver os dias passar não é a vida que tenho de levar. Vou deixar esses dias insignificantes apenas me assolarem de novo dentro de alguns anos, quando estiver mesmo velhinha e com menos coisas por viver.
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