Filosofia
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** Querida Sofia,Serei a única no mundo a não saber o que a Oprah aconselhou o mundo inteiro a ler este mês?Dei-me conta, ao longo dos anos, que algo na minha vida mudou entre os anos passados no triângulo Portugal - Angola - Africa do Sul e os anos...
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Querida Sofia,Hoje, ao sair do trabalho, antes de começar o verdadeiro FDS, passei pela Fnac e não resisti, comprei os livros que me faltavam da saga da Stephenie Meyer. Twilight - vou na página 422. Faltam 102 para acabar. Este final de semana, está...
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Filosofia
Ler, não gostar, comentar
Querida Sofia,
Estou um pouco (muito) cansada dos clichés que têm, no fundo apenas um valor histórico ou nem isso, mas que as pessoas insistem em crer que são A verdade. Ah, Paris é romântico, Brasil é samba, Índia é comida. Apenas porque sim. E no fundo, o que a Elizabeth Gilbert quer provar é que com ela não foram clichés, foi mesmo a vida dela. Ok, done. Sinceramente, este livro ensinou-me o que é ler algo sugerido pela Oprah, hein: a reter para mais tarde. Ajoelhou, rezou – comprei, li. Mas continuo na minha posição, este não foi o meu melhor livro de 2010, não me identifiquei com grande coisa (e se os livros não são para nos identificarmos mas para viajarmos e entrarmos em novos mundos, well…). Essa de termos de ir para a Asia na busca da espiritualidade enquanto no fundo, não estendemos a mão à pessoa ao lado, é a hipocrisia da década. E outra coisa com a qual não me identifico é nessa de viajar para pensar na vida sem ter de fazer nenhum por isso. Um mês, sim. Um ano? I am not that rich. E pensei até ir ver o filme no cinema porque gosto muito dos actores mas... o filme nem agora saiu... já desapareceu das salas por falta de adesão. Droga!
Estou um pouco (muito) cansada dos clichés que têm, no fundo apenas um valor histórico ou nem isso, mas que as pessoas insistem em crer que são A verdade. Ah, Paris é romântico, Brasil é samba, Índia é comida. Apenas porque sim. E no fundo, o que a Elizabeth Gilbert quer provar é que com ela não foram clichés, foi mesmo a vida dela. Ok, done. Sinceramente, este livro ensinou-me o que é ler algo sugerido pela Oprah, hein: a reter para mais tarde. Ajoelhou, rezou – comprei, li. Mas continuo na minha posição, este não foi o meu melhor livro de 2010, não me identifiquei com grande coisa (e se os livros não são para nos identificarmos mas para viajarmos e entrarmos em novos mundos, well…). Essa de termos de ir para a Asia na busca da espiritualidade enquanto no fundo, não estendemos a mão à pessoa ao lado, é a hipocrisia da década. E outra coisa com a qual não me identifico é nessa de viajar para pensar na vida sem ter de fazer nenhum por isso. Um mês, sim. Um ano? I am not that rich. E pensei até ir ver o filme no cinema porque gosto muito dos actores mas... o filme nem agora saiu... já desapareceu das salas por falta de adesão. Droga!
Ia deixar o livro e a consequente pobre review de lado, mas combinei com a minha irmã e o meu querido falecido de lermos isto juntos. Lamento ter sugerido este livro, da próxima vai um Boris Vian ou um autor lusófono qualquer.
E hoje, ao acordar, li um mail que me enviou a FNAC. Como não estamos de todo na era Big Brother, dizia algo como: “sabemos que comprou recentemente nas nossas lojas os livros seguintes, que pedimos que comente”. Nem comprei na internet, como é que eles sabem o que eu ando a comprar? Há alguém que trabalhe na FNAC que anda a ler o meu blog? E tem algum sentido colocar a Tatiana com a Elizabeth? É que a escolha está feita…
I am so easily biased, isn't it dear?
E não critico quem gostou o livro. Eu detestei o livro Twilight, mas adorei os filmes consequentes e é essa a beleza do mundo: sermos todos pirosos, diferentes ou iguais.
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