Now, catch me if you can | Keep up with me if you must
Filosofia

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Mardy Fish vs Andy Murray @ Paris Golf & Tennis Resort
or how a blurry photo became so dear to me


Querida Sofia,
Que seja negativamente ou positivamente, as pessoas tendem a criticar o resultado mas não o percurso que se fez para atingi-lo. Pouco importa o que a pessoa sofreu, deu a sua vida toda, deixou de ter vida social, deixou a família de lado para estudar, ela pode apenas ser uma isto e aquilo por ter encontrado aquele emprego tão “cool” ou ter acabado aquele curso com aquelas notas.
Não quero escrever uma longa carta cheia de exemplos, então vou straight to the point. Hoje, que os problemas acabaram, posso confessar que entre Dezembro e Janeiro passei dias no escuro. Dias de depressão (termo que posso dar hoje, sem vergonhas), sem sair de casa, sem dormir, só a comer. Já cheguei a passar semanas sem sair de casa. Deixei a escola de lado. Nem tinha lágrimas para chorar pois os problemas pareciam não parar de bater à porta. E entrarem em casa sem serem convidados. E como não sei lamentar-me, apenas não disse nada a ninguém. Ou quase ninguém. Todo o mundo (ou quase) estava bastante ocupado com as suas vidas para ver o quanto eu estava mal e eu demasiado ocupada a… sofrer.

Em Fevereiro comecei a ver a luz.
Março foi melhor [quem fica mal na PFW?].
Abril foi a explosão de resoluções.
Maio chegou para cumprir com tudo o que prometi.

E no meio dessas promessas feitas, para as quais EU SEI que nem coragem para me levantar para alimentar-me eu tive, decidi que nunca mais diria NÃO. Tenho uma nova regra que me impede de ficar 24 horas em casa (estudando e trabalhando em casa, nem sempre é fácil mas…): não posso dizer não a uma saída, um passeio, uma proposta. Se uma amiga me propuser ir ao outro lado da cidade à meia-noite, VOU. Se é para ir correr num domingo às 6 da matina, VOU. Se é para ir a todos os jogos de ténis aos quais sou convidada, e ainda sair de noite e ter documentos a entregar às seis da manhã, VOU FAZER TUDO.
Resultado: hoje pareço não ter casa. Que horror, que vadia. Pois. Mas não incomodou ninguém quando fiquei trancada em casa tal Rapunzel na sua torre.

Now, catch me if you can.
Keep up with me if you must.




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