1) (UFU-1ª Fase Janeiro de 1999)Parmênides de Eléia, filósofo pré-socrático, sustentava que
I- o ser é.
II- o não-ser não é.
III- o ser e o não-ser existem ao mesmo tempo.
IV- o ser é pensável e o não-ser é impensável.
Assinale
A) se apenas I, III e IV estiverem corretas.
B) se apenas I, II e III estiverem corretas.
C) se apenas II, III e IV estiverem corretas.
D) se apenas I, II e IV estiverem corretas.
E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
2) (UFU- 1ª Fase Janeiro de 1999)Heráclito de Éfeso, filósofo pré-socrático, compreendia que
II- o vir-a-ser é a luta entre os contrários.
III- a luta entre os contrários é o princípio de todas as coisas.
IV- da luta entre os contrários origina-se o não-ser.
Assinale
A) se apenas I, II e III estiverem corretas.
B) se apenas I, III e IV estiverem corretas.
C) se apenas II, III e IV estiverem corretas.
D) se apenas I, II e IV estiverem corretas.
E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
3) (UFU_Setembro de 2002)
?Só resta o mito de uma via, a do ser; e sobre esta existem indícios de que sendo não gerado é também imperecível, pois é todo inteiro, inabalável e sem fim; nem jamais era nem será, pois é agora todo junto, uno, contínuo (?)? Sobre a Natureza, 8, 2-5
A partir deste trecho do poema de Parmênides, é possível afirmar que
A) a continuidade, a geração e o imobilismo estão presentes na via do ser.
B) o ser, por não poder não ser, não é gerado nem deixa de ser, não tendo princípio nem fim.
C) a via do ser é aquela percebida pelos nossos sentidos.
D) o ser, para o autor, de certo modo não é, pois nunca foi no passado nem será no futuro.
4) (UFU-Julho de 2003 1ª Fase ) ?Só é possível pensar e dizer que o ente é, pois o ser é, mas o nada não é; sobre isso, eu te peço, reflita, pois esta via de inquérito é a primeira de que te afasto; depois afasta-te daquela outra, aquela em que erram os mortais desprovidos de saber e com dupla cabeça, pois, no peito, a hesitação dirige um pensamento errante: eles se deixam levar surdos e cegos, perplexos, multidão inepta, para quem ser e não ser é considerado o mesmo e não o mesmo, para quem todo o caminho volta sobre si mesmo?.
Parmênides, Sobre a Natureza, 6, 1-9.
Sobre este trecho do poema de Parmênides, é correto afirmar que
I - só se pode pensar e dizer que o ser é.
II - para os mortais o ser é considerado diferente do não ser.
III - é possível dizer o não ser, embora não se possa pensá-lo.
IV - duas vias de inquérito devem ser afastadas: a do não ser e a dos mortais.
Assinale a alternativa que contém todas as afirmações corretas.
A) II e III
B) II e IV
C) I e III
D) I e IV
5) (UFU-2000 2ª fase)"Para os que entram nos mesmos rios, correm outras e novas águas. (...) Não se pode entrar duas vezes no mesmo rio".
(Heráclito. Pré-socráticos, Col. Os Pensadores, Abril Cultural, 1978)
"Necessário é dizer e pensar que só o ser é, e o nada, ao contrário, nada é: afirmação que bem deves considerar".
(Parmênides. Pré-socráticos. Col. Os Pensadores, Abril Cultural, 1978)
A partir dos fragmentos acima, estabeleça as principais diferenças entre as concepções do ser de Heráclito e de Parmênides.
6) (UFU 2ª Fase Março de 2002) ?Ao Logos, razão e palavra do que sempre é, os homens são incapazes de compreendê-lo, tanto antes de ouvi-lo quanto depois de tê-lo ouvido pela primeira vez, porque todas as coisas nascem e morrem segundo este Logos. Os homens são inexperientes, mesmo quando eles experimentam palavras ou atos tais quais eu corretamente os explico segundo a natureza, separando cada coisa e explicando como cada uma se comporta. Enquanto isso os outros homens esquecem tudo o que eles fazem despertos assim como eles esquecem, dormindo, tudo o que eles vêem.?
Adaptado de HERÁCLITO. Pré-Socráticos. Coleção ?Os Pensadores?. São Paulo: Abril Cultural , 1978. p. 79.
A partir do aforisma de Heráclito, responda às questões propostas:
A) Heráclito pode corretamente ser caracterizado como um filósofo empirista, cuja fonte de conhecimento se encontra nas sensações?
B) Qual é o fundamento permanente de todo conhecimento e quem, segundo o texto, corretamente o conhece e o enuncia?
Justifique as duas respostas com trechos do texto acima de Heráclito.
7) (UFU-Janeiro de 2004)
(HERÁCLITO. Sobre a natureza. Trad. de José Cavalcante de Souza. São Paulo: Nova Cultural, 1989, p. 56. Coleção .Os Pensadores..)
Este fragmento ilustra bem o pensamento de Heráclito, que acreditou ser o mundo o eterno fluir, comparado a um rio no qual .entramos e não entramos.. Assinale a alternativa que explica o fragmento mencionado acima.
A) Todas as coisas estão em oposição umas com as outras, o que explica o caráter mutável da realidade. A unidade do mundo, sua razão universal resulta da tensão entre as coisas, daí o emprego freqüente, por parte de Heráclito, da palavra guerra para indicar o conflito como fundamento do eterno fluxo.
B) A harmonia que anima o mundo é aberta aos sentidos, sendo possível ser conhecida na multiplicidade daquilo que é manifesto, uma vez que a realidade nada mais é que o eterno fluxo da multiplicidade do Logos heraclitídeo.
C) A unidade dos contrários, a vida e a morte, é imóvel, podendo ser melhor representada para o entendimento humano por intermédio da imagem do fogo, que permanece sempre o mesmo, imutável e continuamente inerte, e não se oculta aos olhos humanos.
D) O arco, instrumento de guerra, indica que a idéia de eterno fluxo, das transformações que compõem o fluxo universal, é o fundamento da teoria do caos, pois o fogo se expande sem medida, tornado a realidade sem nenhuma harmonia ou ordem.
8) (UFU-Dezembro de 2004) Os fragmentos abaixo representam três temas fundamentais que configuram o pensamento de Heráclito de Éfeso.
?Por fogo se trocam todas (as coisas ) e fogo por todas, tal como por ouro mercadorias e por mercadorias ouro?. Frag. 90
A partir das citações acima:
A)Explicite quais são seus temas
B) Comente cada um deles de modo a caracterizar a filosofia de Heráclito
9) (UFU-Janeiro de 2004)
Parmênides (c. 515-
?Necessário é o dizer e pensar que (o) ente é; pois é ser,
e nada não é; isto eu te mando considerar.
Pois primeiro desta via de inquérito eu te afasto,
mas depois daquela outra, em que mortais que nada sabem
erram, duplas cabeças, pois o imediato em seus
peitos dirige errante pensamento; (...).?
PARMÊNIDES. Sobre a natureza. Trad. de José Cavalcante de Souza.São Paulo: Nova Cultural, 1989, p. 88. Coleção .Os Pensadores..
Analise as assertivas abaixo.
I . A opinião humana busca o que é (ser) naquilo que não é (ser).
II . O mundo dos sentidos é (ser), portanto, o único digno de ser conhecido.
III . Não se pode dizer .não-ser é., porque .não-ser. é impensável.
IV . Dizer .não-ser é não não-ser., é o mesmo que afirmar .não-ser não é..
Assinale a alternativa que contém as assertivas corretas.
A) I e III
B) II e III
C) II e IV
D) I e IV
10) (UFU Julho de 2004) O fragmento a seguir é atribuído a Heráclito de Éfeso:
?O mesmo é em (nós?) vivo e morto, desperto e dormindo, novo e velho; pois estes, tombados além, são aqueles e aqueles de novo, tombados além, são estes? HERÁCLITO. Sobre a natureza. Trad. de José Cavalcante de Souza. São Paulo: Nova Cultural, 1989, p. 93. Coleção .Os Pensadores..
A) Não existe a noção de ?oposto? no pensamento de Heráclito, pois todas as coisas constituem um único processo de mudança que expressa a concórdia e a harmonia do ?fluxo? contínuo da natureza.
B) a equivalência de estados contrários com o mesmo exprime a alternância harmônica de pólos opostos, pela qual um estado é transposto no outro, numa sucessão mútua, como o dia e a noite. Todas as coisas são ?Um?, toda a multiplicidade de opostos constitui uma unidade, e todos os seres estão em um fluxo eterno de sucessão de opostos em guerra.
C) Se o morto é vivo, o velho é novo, e o dormente é desperto, então não existe o múltiplo, mas apenas o ?Um?, como verdade profunda do mundo. A unidade primordial é a própria realidade da physis, e a multiplicidade, apenas aparência.
D) a alternância entre pólos opostos constitui um fluxo eterno, regido pela ?guerra? e pela discórdia, que ocorre sem qualquer medida ou proporção. A guerra entre contrários evidencia que a physis é caótica é denota o fato de que o pensamento de Heráclito é irracionalista.
Mão direita tomou e assim dizia e me interpelava:
Ó jovem, companheiro de aurigas imortais
Tú que assim conduzido chega à nossa morada,
Salve! Pois não foi mal destino que te mandou perlustrar
Essa via (pois ela está fora da senda dos homens)...?
A) a verdade filosófica aparece no poema de Parmênides como revelação divina e experiência mística, que são incompatíveis com o pensamento filosófico racional. A deusa do poema mostra que o conhecimento supremo esta fora do alcance da razão humana.
B) A verdade filosófica no poema de Parmênides, é apresentada por meio de representações míticas que o filósofo retira de uma tradição religiosa. Essas imagens se traspõem, sem deixar de ser místicas, em uma filosofia do ser que busca o objeto inteligível do logos, ou seja, do pensamento racional e do Uno.
C) A verdade filosófica, por ser revelação da deusa, é obtida apenas por experiência religiosa. As representações míticas do poema de Parmênides indicam que a filosofia grega do séc. V a.C. é irracional, pois não usa de categorias lógicas do rigor argumentativo.
D) A filosofia representa o pensamento estritamente racional, que busca uma explicação do mundo somente por meios materiais. Por essa razão, o poema de parmênides ainda não representa o pensamento filosófico do século V a.C., caracterizado por uma ruptura com todas as imagens míticas da tradição cultural grega.