A tal máxima do Pedro Abrunhosa tem dado certo. Já não como há cinco dias, não durmo há mais de um mês. A sério. O problema é que ele não é nem assunto inédito nem novidade em folha. É uma daquelas coisas (pessoas) com as quais nos conformamos e diziamos até que “o serviço não está disponível de momento”.
Mas como eu dizia acima, estou lix… tramada. Quando a vela é apagada, quem quer acender, acende.
Optei pela solução cobarde. Ficar apenas rodeada de amigas. Esquecê-lo. Não contar os dias que podem faltar para vê-lo, para que regresse de viagem, para que sente o rabo no sofá e responda ao mail pendente.
Mas a carne é fraca. E se eu pensava que apenas podia passar a noite a sonhar com os Lenny Kravitz com os quais nunca cruzarei na vida, Deus fez com que ontem, sonhasse pela primeira vez na vida, com alguém que conheço bem.
Dançaríamos ao som de “Alors on danse” do Stromae, como na foto, a noite inteira. As mãos fortes conduziriam com velocidade outra vez. Os óculos de aviador da Ray-Ban sorririam, para mim, como é costume. O casaco de couro (à aviador também, não façamos as coisas pela metade) abraçaria-me de novo. Daria-lhe, como já aconteceu, o menu de restaurante e escolheria por mim, mesmo sem saber o que eu realmente gosto (aka quase nada). E quando me perguntasse “então, além do ténis e o futebol, que mais gostas de ver?” e assim, do nada, de maneira inédita, eu respondesse “descobri que gosto de ver jogos de Pólo”, gostaria que não me tivesse respondido, com o sotaque mais britânico do mundo: “joguei Pólo durante anos, um dia jogo para veres como é ao vivo”.
Porra.