Coisas que me irritam | Unleashing the Gordon Ramsay in me
Filosofia

Coisas que me irritam | Unleashing the Gordon Ramsay in me



Querida Sofia,
Como bom Britânico, o Gentleman perguntou-me se eu era uma “Jamie Oliver”* ou uma “Gordon Ramsay”*. Não sou de insultar e humilhar as pessoas em público como o Gordon (de quem sou terrivelmente fã) mas não tenho paciência para os bonzinhos como o Jamie.
Lembrei-me desta conversa quando vi o meu lado Gordon (re)nascer ontem. Assim deixo a dica: o serviço do restaurante brasileiro Favela Chic (há em Paris e Londres) é uma bela merda.

Ouf. Estou mais aliviada.

Dei várias oportunidades ao restaurante. Não sou a pior cliente do mundo, muito pelo contrário. Felizmente, nunca tive de pagar as minhas refeições ali porque sempre fui convidada (por uma tia aí da vida ou pelo meu pai) e agradeço por nunca ter dado o meu dinheiro por tão mau serviço. Até ontem.

Primeiro, o local é feio, apertado e mal aproveitado. Sujinho, quase. E esguio como ninguém merece. As cadeiras, mesas e a decoração não são vintage. São apenas… velhas.
Depois, como disse ontem à minha companhia, entras ali como “on entre dans un moulin”. Ninguém à entrada, ninguém para vir perguntar quantos somos, se é para beber um copo ou para jantar. Não, é um “entra e safa-te”. Isto nunca aconteceria em NY. Por viverem das gorjetas, ficam colados à tua perna e a servir-te a cada gole que dês.

Quando finalmente sentas, é acenares a todo o mundo que passa para ver se alguém te atende. Acho isso inadmissível. Sobretudo quando pagas 25€ por um prato de picanha que nem é grande coisa a não ser um prato cheio de vazio.

Isto tudo fez-me lembrar aquelas meninas das farmácias em Angola, as mais novinhas, sem formação (ou se têm formação, não mostram), que basta pedires um medicamento, elas nem procuram. Nem olham para ti. Fazem cara de “tu deves-me dinheiro” e dizem “não tem!” a tudo o que pedires. Vontade de passar do outro lado da barreira e dar uma surra naquelas fuças nunca me faltou. Mas também, nunca fiz, nunca farei.

Voltando ao Favela Chic (que de chique… não tem nada), fui ontem porque o encontro já estava marcado lá mas prometi não voltar. E pedi que nunca mais me convidassem àquele antro porque ontem foi o fim da picada.
Chegamos às 20h30, sentamos num sofá, acenei vezes sem conta até que apanhei aí um malandro, pedi uma Piñacolada e um Guaraná e ele disse que já voltava. Meia hora depois, NINGUÉM! Tivemos de ir ao bar pedir lá mesmo e levar à nossa mesa. Ah, e para variar, não havia Guaraná (wtf?). E com esta espera toda, eram quase 22h. Quem me dera ser o Gordon Ramsaty, entrar na cozinha, chamar a gerência e gritar um "shut this f* down! shut it! SHUT IT!"

Olhem, amiguinhos, povos irmãos, sim, mas vai ser sem mim, 'tá?

Ai, que saudades do restaurante Barroco em na deliciosa rue Mazarine em Saint-Germain... porque fechou? Argh! Pagavas uma fortuna (como em todo restaurante em Paris) mas éramos tratados como reis e até vi lá o meu pai cantar um Saravá? Saravá!
Então, se vieres a Paris e quiseres ir a um restaurante brasileiro em condições, aconselho estes dois no qual fui bem tratada e não comi mal.



O Corcovado: 152 rue du Château (Paris XIV)
ou
Gabriela (artigo CAFS): 9 rue Milton (Paris IX)

*dois dos maiores Chefs da Inglaterra



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