Last single girl standing
Filosofia

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Refeição oficial da minha primavera ensolarada: bolo de green tea & cherry e Caramel Macchiato Gelado. Sim, é leite COM gelo e café. Deal with it.


Querida Sofia,
23h45, dia 14 de Junho de 2010. É oficial. Sou a única pessoa solteira que eu conheça na minha família (próxima) e bando de amigas. Pensei nisto porque hoje tive uma (verdadeira) “réunion au sommet” com uma amiga. Disse-me, assim, do nada, que o namorado pediu-a em casamento. Como eu sou de escândalos, saltei para os braços dela. Estava genuinamente feliz porque sei que desde que a conheço – meados de 2006 – ela já tinha sofrido poucas e boas em relações amorosas. E encontrou A pessoa certa. A pessoa dela.
Tenho uma relação de amor & ódio com os casais que conheço. Tem aqueles casais que simplesmente detesto, que assim que vejo juntos, sinto urticária nas pernas e que não suporto. Na maioria dos casos, é porque sinto que os homens são uns parvos com as minhas amigas. Mas também tem vindo a acontecer, os meus amigos andarem com umas doidas que fazem deles gato/sapato. Fico sempre com vontade – eu sei, é feio, mas ADMITO – que me liguem um dia para dizer que se livraram daqueles encostos.
Depois tem os casais que eu amo. Admiro. Sigo. Torço secretamente para que fiquem para sempre juntos. Que me fazem sonhar. Que fazem com que eu pense “eu quero ter a mesma coisa um dia”. Que são naturalmente felizes, que apesar dos problemas, continuo a vê-los como sendo perfeitos. Que fazem declarações de amor – na dose certa – que me levam às lágrimas (you know who you are) e com as quais não sinto que foi forçado, nem que foi cheesy. Bom, cheesy, sempre é, mas faz parte.
Voltando ao assunto. É isso mesmo. Sou a “last one standing”. A que - pelos vistos - pode sair sem limites, pode ficar em casa sem que a chateiem, a quem as comprometidas por vezes suspiram “ah! Por vezes quem me dera voltar a estar solteira”. A que pode viver noites de “hormones shaking” por pessoas diferentes sem sentir a mínima culpa E que tem de aturar aquela droga que é dating new people. Teria quilómetros de histórias pessoais a contar sobre isto lately mas depois vêm-me com o famoso “mas tens apenas 23 anos, não penses nisso” que me horripila sabendo que já estou fora da casa dos meus pais desde os 14.




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