My very crazy and incredible last 24 hours
Filosofia

My very crazy and incredible last 24 hours


Look at that amazing manicure and purse: so inspiring!
Querida Sofia, 
Eu sabia que ia acontecer e aconteceu e não há nada que se possa fazer: acordei todos os dias entre as 6 e as 7 nos últimos três dias, sem fazer sestas à tarde, mesmo quando fui para a cama, como ontem, pelas tantas da matina. Quer dizer que o horário entrou na pele, e é pela melhor das razões!
Bref, não é do meu cíclo de sono que venho aqui para falar contigo, mas para partilhar a minha sempre oh-so-glamorous oh-so-amazing lifeUma das minhas amigas (de NY) foi pedida em casamento recentemente pelo namorado noivo, também de NY. Moram os dois aqui (ele seguiu-a)(yup, há ainda quem faça isso por amor!) e pediu-a em casamento no Ritz Place Vêndome, num setting de sonho (pétalas de rosas pelos corredores e quarto do hotel, jantar privatizado para os dois... I mean, O sonho). Já nos tinhamos encontrado antes para que eles nos contassem (quase) tudo sobre o assunto, mas desta vez saímos apenas entre meninas (Girls.......... Night.......... Out?????????????????) para os verdadeiros mujimbos (fofoca) que não se dizem à frente dos meninos. A outra menina também é de NY e devo dizer-te, Sofia, que este pessoal de NY faz-me querer ser mais vaidosa do que já sou. A sério. O conceito de beleza e estética visual é tão mais avançado lá. Peles perfeitas, roupas perfeitas, sapatos altíssimos e perfeitos, e as unhas... meu Deus, as unhas delas são perfeitas! (I am learning!).

Em tempo de chuva, solta-se o casaco do armário!
Combinamos o encontro num it bar/restaurante no (bairro do) Marais chamado Les Philosophes. Dizem que têm a melhor tarte tatin da cidade. Quando pedi, obviamente, já não havia. Fail. O único senão da noite foi o pé de chuva que caiu na Cidade Luz (que ficou então bastante cinzenta). Choveu o dia todo, daquela chuva como se alguém andasse com uma mangueira à nossa frente APENAS para nos molhar. Daquela chuva que faz com que as pessoas enviem-se uma mensagem do tipo: "ahhhh, vamos marcar para outro dia, não quero sair assim" (já agora, tenho de me lembrar de te escrever uma carta sobre as pessoas que estão sempre a dar furos aka anular planos à última da hora. Tem muito que se lhe diga). Mas não foi o que aconteceu. Pegamos os nossos guarda-chuvas (e casacos!) e lá estavamos nos.

The transparent umbrella crew
O momento curioso da noite e must-take-a-picture-of-this-right-now foi quando vi quatro amigos passarem, pararem, conversarem, decidirem onde queriam ir e andarem de novo, todos com o mesmo chapéu de chuva. I mean, eu não poderia fazer parte do grupo deles. Seria uma outsider, visto que  o meu não é transparente. Fail.

I would not fit in with them. My umbrella isn't transparent
Para a noite, pedimos uma garrafa de vinho branco gelada - um Coteaux du Languedoc - que finalmente, se transformou em duas garrafas (como foi que isso aconteceu?!) e uma das minhas amigas - a não noiva - não tinha jantado então encomendou um queijinho de cabra para comer com pão. Que Deus a abençõe, porque horas depois, quem atacou o pão fui eu... e a noiva.

Os anéis da minha amiga não são... MARAVILHOSOS? Inspiring bis!

Bom, deixem-me contar o episódio mais... mais... - bom, escolhes o adjectivo depois - da noite: é muito frequente as casas de banho nos restaurantes e bares de Paris serem na cave, perto das cozinhas, e por isso, precisamos descer as escadas. Precisei ir à casa de banho, mas tinha os sapatos bastante molhados por ter andado à chuva (o guarda-chuva não protege pés, pá!) e que aconteceu...? Pois, esta Elite que te fala não desceu as escadas... deslizei... do início até o final. E para a minha sorte todo o mundo na cozinha ouviu. Lindo. LINDO. Momento mais glamour da minha vida. E para melhorar a minha sorte, aterrei de cú no chão e vestido ao léu numa casa de banho unissexo, onde se encontrava um rapaz a lavar as mãos. Ele correu para vir ter comigo "vous allez bien?". Eu levantei-me, alisei o vestido e o cabelo, dei uma de phyna e disse, com um sorriso "très bien, merci, ce n'est rien". Entrei na casa de banho e... dei uma valente gargalhada. Não consegui parar de rir da minha cena triste (entre isso e chorar, mais vale rir).
Quando fiz o que tinha a fazer e abri a porta, o rapaz ainda lá estava. De novo, como expliquei aqui, consigo analisar uma pessoa em 1/2 segundo. Ele era lindo. Camisa azul bebé passadíssima a ferro (porque sou tão dada nessas coisas?), um sorriso fulminante, alto.... Estava à minha espera. "Vous êtes sûre que ça va?". Olhei para os meus cotovelos e vi que estavam ligeiramente vermelhos (c'mon, foram as escadas todas, nem quero olhar para as minhas pernas) e repeti-lhe que estava bem e que não tinha sido nada.
Agora que te escrevo isto, dou-me conta que ele ouviu a minha gargalhada. Mas não o demoveu dali. Apesar de ter-me achado doida, pronto, foi atencioso. Parem de dizer que os Parisienses são todos azedos.
Bref, lavei as mãos, vi no espelho que ele continuava a olhar para mim como se o meu próximo passo fosse cortar os pulsos... Subi as escadas de-va-gar, contei a cena às minhas amigas, elas riram tanto quanto eu e queriam ver quem era o moço. Descrevi a camisa azul bebé, e uma depois da outra, elas também foram à casa de banho (assim, de repente, né) para dar uma vista de olhos à sala, à procura do moço da camisa azul, mas, gentxi, camisa azul bebé é FARDA neste país e todos os homens naquele restaurante estavam de camisa azul bebé ontem à noite. Bref, whiskas, saquetas... o que aconteceu é... *yawn here and now*.


Voltei para casa pelas tantas da matina (nem vi o relógio - porque não tenho - então não sei), aterrei no sono e hoje de manhã, o pequeno-almoço foi na cama e cheio de anti-oxidantes pois tenho de sair de novo e não posso estar por aí a cair. 


Cerejas e cenouras (yup, como cenouras ao pequeno-almoço também)



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