Não percebia mesmo do que ele estava a falar. Usei a cabecinha e googlei Empire Diner. E ai, sem querer imitar a Celine Dion mas já imitando, it was all coming back to me now. O Empire Diner! Não sei se te lembras, mas o header do blog enquanto eu estava em Manhattan era justamente eu reflectida na mesa do Empire Diner, com uma caneca branca com o nome do diner e um grande NYC. Mais americano do que isso? Não dá, não pode, não existe.
Agora, viro-me para a Nelly Furtado e penso que all good things come to an end. Ele queria no fundo contar-me que o Empire Diner ia fechar para sempre. Aquele diner que gostei tanto, nem que fosse apenas para ver o local por fora por ser tão único, tão giro e tão americano.
O antigo header do blog, em Outubro 2009
A foto original
Acho que juntos acabamos por desenvolver uma espécie de obsessão por comida. Lembro-me que num do meus primeiros dias em NYC, entramos numa dezena de restaurantes, roulottes (para beber Snapples de todos os sabores), cafés, diners, para comer um cheesecake ali, uma panqueca ali, um smoothie ali e era assim, a bela vida, todos os dias. Não sei como não engordei. Alias, sei. Apanhar o metro? quase nunca! E se comia quase 5000 kcal por dia, andava o dia todo e eliminava 5100.
Uma noite, enquanto passeávamos com os pais dele, olhamos ao mesmo tempo para o diner, de longe. Tiro e queda. Tirei logo uma foto.
Ela: viste aquele diner?
Ele: temos de comer lá amanhã!
Sim, porque o nosso único intuito, depois de horas diárias no hospital, era comer tudo o que nos aparecesse pela frente. Foi ali que comi aquele pecado de brunch onde tudo era frito – mas yummy, tão bom, meu Deus - e tenho a certeza que tenho ainda tudo nas ancas.
Mal sabíamos nós, na época, que imensas pessoas famosas eram frequentadoras do diner (Josh Brolin, Minnie Driver, Ethan Hawke, Madonna, Julia Roberts, Benjamin Bratt, Steven Spielberg, Barbra Streisand e Kate Winslet, de acordo com o Wikipédia) e vários filmes foram por lá filmados (tais como o Manhattan de Woody Allen ou mais recentemente, o City Island com o Andy Garcia).
As belas memórias permanecem onde têm de permanecer – nas fotos, nos blogs e na mente – e o mundo continua a avançar e nós a envelhecer.
Porque há coisas que acabam para sempre.
Outras, no fundo – e felizmente - nunca morrem.
E já agora, podes ler o ponto de vista dele, em Francês ou Inglês, aqui.
Je te prends en photo. Tu me fais un sourire?