Filosofia
28, you've been real!
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March 2015 - Barra do Dande |
Querida Sofia,
O meu aniversário é tão importante para mim quanto a política de um país no qual nunca votarei: sigo um bocadinho, mas sem entrar em muito detalhe. Não organizo jantares, almoços, festas, merdas, porque começo a achar que gente que obriga os outros a ir ter com eles para celebrar algo deles durante 20 horas é egoista então tornei-me egoista ao contrário e irei agora sempre optar pela actividade mais solitária possível (ou, no máximo como o ano passado, com uma só pessoa).
Por fazer anos perto do final do ano, que é O momento no qual faço balanços, ainda é para mim prematuro tirar juízos finais. Mas adiante: ter 28 foi... well... quase irrelevante para mim. Foi um ano muito tranquilo para mim depois dos 27 terem completamente revolucionado e abalado o meu mundo. Este foi um ano no qual recebi as conquistas que resultaram dos 27. Foi um ano no qual não chorei muito (graças a Deus), não fiz novos amigos (se fiz e esqueci, não fiquem chateados, pois hoje não estou boa para lidar com as emoções dos outros), não viajei tanto quanto o ano passado, mas pára tudo!, foi um ano no qual quase nada me faltou. Tenho saúde (não sei se para vender, mas para mim está de bom tamanho), não me faltou comida um só dia, não tive a casa derrubada pelas chuvadas de Fevereiro-Março, o meu país - apesar da crise - continua a ser um país onde há Paz (e isso não tem preço), fiz uma formação muito enriquecedora na minha cidade preferida no mundo e foi também o ano em que aprendi que amar não quer dizer sofrer horrores. Amar predispõe um certo sofrimento oriundo da preocupação, mas amar de maneira tranquila e sem sobressaltos não é amar menos, é amar de maneira saudável. Se os 29 anos forem tranquilos como os 28, acredita que estarei grata por isso. Porque apesar de tudo os 28 anos, foram palco das minhas primeiras lágrimas de felicidade genuina (mais sobre este tema quando chegar o bom momento), foi quando entrou na minha vida, para sempre, "La Renaissance" e o momento na minha vida no qual voltei a rezar. E isso para mim é o mais relevante nos últimos 12 meses. Estamos juntos!
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January 2015 - Lisbon |
Dear Sophie,
My birthday is as important for me as the politics of a country where I cannot vote: I know a little bit about it, but do not care all that much. I do not organise dinners, luncheons, parties, whatevers, because I am starting to think that people who force people to celebrate them for 20 hours are selfish so I became some other kind of selfish human myself. I will always prefer doing things on my own, or as last year, just with one person.
Celebrating my birthday so close to the end of the year - which is the moment of the year where I summarise the former 12 months - makes me feel it's still too soon to analyse everything that happened. But I can say this: being 28 was... well... almost irrelevant for me. I was a more serene phase of my life after my 27-year-old year having completely turned my life upside down both professionally and personally. This year was a year when I receive the laurels of what I conquered in the previous one. I didn't cry much at age 28 (thank You God), I did not make new friends (if I did and forgot about it, please do not get back at me, I am not the best at dealing with feelings today), I did not travel as much as last year BUT STOP EVERYTHING RIGHT NOW, I did not miss a thing this year! I am a healthy person, I had food on my plate every day, my house did not go with the rain in February-March, even if we are going through a severe crisis, my country is still in PEACE (and that is priceless), I did a very insightful training in my favourite city in the world and... I learned that loving someone does not mean suffering like a beast. To love means suffering a bit - because we are naturally worried about the people we love - but you can love without having your heart ripped appart constantly and that does not mean you love less: it just means your love is a healthy one. If my 29 is as calm as my 28 were, believe me, I am cool with that. Because no matter what, it was at 28 that I discovered what it is to cry tears of happiness (more on that when time comes), that "La Renaissance" entered my life (forever) and also when I started praying again. And that is, for me, what matters the most in the past months. Let's do this!
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October 2014 - Maastricht |
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