http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI67068-15228,00-COTAS+PARA+QUE.html
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Cotas para quê? Uma questão preocupante.
A proposta de introdução de cotas por critério racial nas universidades públicas lembra-me de uma falsa lenda hindu que me foi narrada há muito tempo:
Um homem chegou em casa um certo dia e surpreendeu sua esposa no sofá com outro homem. Houve gritos,briga, recriminações e lágrimas. Por fim, o homem perdoou a esposa.
Passa algum tempo e , novamente, ao voltar para casa o mesmo homem surpreende novamente a esposa no sofá com outro homem. Nova cena, novas recriminações , ameaças briga, discussão etc. Por fim, mais uma vez o homem acabou perdoando a esposa. Mais algum tempo se passa e ... o homem mais uma vez pega a esposa em flagrante delito no sofá. Desta vez ele achou que era demais. Decidido a tomar uma atitude ele... vendeu o sofá.
Brincadeiras à parte, raciocinemos: o que é mais fácil para o Estado? Temos a opção A que consiste em promover uma educação de qualidade para qualquer um que freqüente a escola pública. Esta proposta implica em mais organização, melhor remuneração dos professores, é um investimento a médio ou longo prazo e é a única solução real. Como opção B temos a opção malandra para deixar as estatísticas bonitinhas: vender o sofá!!!
As cotas são injustas com todos . São injustas principalmente para os alunos das escolas públicas que ganhariam suas vagas na universidade não teriam condições de acompanhar o curso escolhido a menos que a universidade também abrisse mão de seus padrões acadêmicos (talvez seja este o próximo passo). As cotas são injustas para os professores universitários que teriam que arcar com a formação acadêmica de alunos despreparados. As cotas são injustas com outros alunos que muitas vezes, sem condições, pagaram com sacrifício um cursinho pré vestibular para entrar num local que deveria ser o domínio da meritocracia e não reduto de um paternalismo demagógico.
Marise Von Frühauf Hublard