Filosofia
I always knew I was into architects and lawyers (oh, and Polyglots)
Querida Sofia,
Foi no dia a seguir. O dia no qual tudo me caiu ao chão e separei-me. Em minutos, tinha perdido o namorado e o melhor amigo. Para esquecer, lembro que fui até Saint-Germain, à escola dela, des Beaux-Arts. Começamos a andar, falar, passamos por um café, acho até que comprei um vestido (e contei-te via carta, aqui).
Entramos na estação de metro de Saint-Germain que estava apinhada de gente. Foi a primeira vez que o vi. Eles os dois eram amigos. A minha amiga apresentou-mo. Falaram os dois em português. A minha amiga, português de Angola. Ele, português do Brasil.
Virei a cara e deixei-os a conversar. Era giro. Bem parecido, pronto. Mesmo. E arquitecto. O planeta inteiro sabe que sou meio vidrada em advogados e arquitectos. Mas na mesma. Não prestei muita atenção. Entramos no metro e ele ficou no cais.
Elite: “vocês são amigos há muito tempo?”
Dulce: “uns cinco anos, desde começamos o curso”.
Elite: “veio do Brasil há muito tempo, ele?”
Dulce: “ele não é Brasileiro. Morou no Brasil um ano, o ano passado. E foi lá que aprendeu a falar português”.
Lembro-me que franzi o olho. Polyglot Alert! Ele falava perfeitamente. Saber que não era português e tinha aprendido a língua de Camões, assim, em meses, fez com que tudo caísse para mim. Brinquei com a minha amiga e disse que queria o número dele. Mas não insisti. Tinha outras coisas na cabeça. Muito pesadas. E tantos, tantos, tantos meses depois, estava com ela quando vi-o de novo. Ela perguntou-lhe se ele se lembrava de mim. Ele parecia, sinceramente, ter visto um fantasma (isto é MAU, certo?)
“Sim, lembro. Lembro muito bem”, disse ele. Respondi com o meu sorriso. E acho até que corei como uma pita de 16 anos.
Isto tudo para dizer o quê?
Nada. Era só para contar. Tchau.
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