Filosofia
Querida Sofia,
Mulher inteligente, independente e bem resolvida não deveria dizer ou usar ou sequer pensar no termo “Girls Night Out”. Não sei porquê, mas essa expressão dá-me urticária. Normalmente, quem mais a utiliza são as pessoas comprometidas que moram com o parceiro. Como o plebiscito é passar todas as noites da sua vida com ele, apenas com ele, para sempre com ele, até que a morte ou o divórcio os separe, quando ele se ausenta (viagem de trabalho, foi ver a família, DECIDIU PASSAR TEMPO COM OS AMIGOS DELE SEM ELA), tout à coup soudain, elas lembram-se que têm amigas, e vai de gritar aos quatro ventos, Facebook, Twitter, Skype, Viber, What’s App e afins “ahhhhhh Girls Night Out, hein?!” e toca a ligar a essa população do sexo feminino, pessoas do mesmo sexo a quem prestam o serviço mínimo anual apenas para não passarem uma noite sozinhas, na cama fria. Há que aproveitar a brecha, right?
Bom, pessoal, eu dispenso e recuso qualquer convite que comece por “porque estou sozinha, quero fazer/organizar algo/diabo quatro/will be so much fun”. Acho que as mulheres de hoje, que são tão independentes e donas de si deveriam respeitar-se ao ponto de controlar e saber calcular o impacto das palavras que proferem. Nem falemos de darem-se conta da atitude que têm perante outros com frases deste género, porque não devem ter idéia, a não ser que estejam do outro lado da sebe. No fundo, não tenho nada contra uma saída entre amigas, nem contra “Girls Night Out” em si.
O problema para mim reside no facto de achar que esse termo asqueroso sabe a carta de alforria como no tempo dos escravos, mas uma alforria que conquistam sem pedir, sem lutar, numa sociedade na qual não deveria sequer existir. Compreendo perfeitamente que se queira passar a vida e fazer todo um programa apenas com o namorado, o marido, o amigo colorido, whatever you call the guy these days, mas as amigas, a quem ligam e decidem querer fazer algo APENAS quando estão sozinhas, não existem apenas nesse momento. OK?
- But Nowadays, Who The Heck Is Ælitis Anyway?
Querida Sofia, Olha à tua volta. Não apenas para o teu PC ou o teu MAC, olha mesmo ao teu redor. Olha para as pessoas ao teu lado no trabalho. Olha pela janela, e vê aquela paisagem habitual. Olha para a tua mesa. Olha para a mobília da tua casa....
- The Couples Around Me
Querida Sofia, Adoro observar as pessoas. Sozinhas ou acompanhadas. Tristes ou alegres. Os sorrisos que vão dando enquanto escrevem freneticamente nos seus smartphones. Uma das coisas que mais gosto de observar é a interacção entre...
- There Are The Same Letters In "listen" And "silent" But I Still Prefer The Latter
Querida Sofia, A velhice não me tem trazido rugas mas tem-me dado hábitos que não consigo largar. Ou que pelo menos, passei a descobrir e aceitar. Há pessoas que precisam ir correr todas as manhãs (tenho muita inveja da minha amiga J., que se...
- Sobre Os Homens Ou Como Falhar Na Aterr(iss)agem
Querida Sofia,Foi a semana passada. Estava numa festa num barco com cinco amigas. Porque há que aproveitar os últimos resquícios de bom tempo nesta cidade, estávamos sentadas numa mesa, ao ar livre, a rir, cada uma com o seu copo, cada uma entretida...
- Uma Casa Não Se Faz Em Um Dia...
Querida Sofia,Já morei sozinha, já morei (mal) acompanhada e agora moro sozinha de novo (graçàààdeu). E não faço questão nem tenho intenção alguma de voltar a morar com quem quer que seja (pais, irmãos, irmãs, namorados e amigas).Nada como...
Filosofia
Não gosto da expressão "Girls Night Out", não gosto da expressão "Girls Night Out" e... não gosto da expressão "Girls Night Out".
Querida Sofia,
Mulher inteligente, independente e bem resolvida não deveria dizer ou usar ou sequer pensar no termo “Girls Night Out”. Não sei porquê, mas essa expressão dá-me urticária. Normalmente, quem mais a utiliza são as pessoas comprometidas que moram com o parceiro. Como o plebiscito é passar todas as noites da sua vida com ele, apenas com ele, para sempre com ele, até que a morte ou o divórcio os separe, quando ele se ausenta (viagem de trabalho, foi ver a família, DECIDIU PASSAR TEMPO COM OS AMIGOS DELE SEM ELA), tout à coup soudain, elas lembram-se que têm amigas, e vai de gritar aos quatro ventos, Facebook, Twitter, Skype, Viber, What’s App e afins “ahhhhhh Girls Night Out, hein?!” e toca a ligar a essa população do sexo feminino, pessoas do mesmo sexo a quem prestam o serviço mínimo anual apenas para não passarem uma noite sozinhas, na cama fria. Há que aproveitar a brecha, right?
Bom, pessoal, eu dispenso e recuso qualquer convite que comece por “porque estou sozinha, quero fazer/organizar algo/diabo quatro/will be so much fun”. Acho que as mulheres de hoje, que são tão independentes e donas de si deveriam respeitar-se ao ponto de controlar e saber calcular o impacto das palavras que proferem. Nem falemos de darem-se conta da atitude que têm perante outros com frases deste género, porque não devem ter idéia, a não ser que estejam do outro lado da sebe. No fundo, não tenho nada contra uma saída entre amigas, nem contra “Girls Night Out” em si.
O problema para mim reside no facto de achar que esse termo asqueroso sabe a carta de alforria como no tempo dos escravos, mas uma alforria que conquistam sem pedir, sem lutar, numa sociedade na qual não deveria sequer existir. Compreendo perfeitamente que se queira passar a vida e fazer todo um programa apenas com o namorado, o marido, o amigo colorido, whatever you call the guy these days, mas as amigas, a quem ligam e decidem querer fazer algo APENAS quando estão sozinhas, não existem apenas nesse momento. OK?
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Querida Sofia, Olha à tua volta. Não apenas para o teu PC ou o teu MAC, olha mesmo ao teu redor. Olha para as pessoas ao teu lado no trabalho. Olha pela janela, e vê aquela paisagem habitual. Olha para a tua mesa. Olha para a mobília da tua casa....
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Querida Sofia, Adoro observar as pessoas. Sozinhas ou acompanhadas. Tristes ou alegres. Os sorrisos que vão dando enquanto escrevem freneticamente nos seus smartphones. Uma das coisas que mais gosto de observar é a interacção entre...
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