Filosofia
Oh, Washington D.C.! Part(e) 9 - United States Capitol
Querida Sofia,
Ao escrever a carta de ontem sobre o Café Saint-Ex em Washington, D.C., lembrei-me do que vivi há quase um ano e decidi afastar alguns dos meus projectos para 2014 e fazer deste o meu ano de viagens. Ficar em Angola um ano inteiro não é insuportável, muito pelo contrário, mas custa-me muito viajar (odeio aviões). Medindo os prós e contras, a saudade dos amigos é maior. Não ter muita gente com quem me identifique por aqui não ajuda muito a colmatar o que sinto.
Adiante, depois do maravilhoso jantar no Saint-Ex, o Tom e a Jaka tinham uma energia que eu não tinha mais, e foram a um bar de jazz. Eu peguei um táxi e voltei para o hotel. A manhã seguinte foi de absoluta preguiça, ficamos na cama longas horas, a colocar todas as conversas em dia (eu, a namorar via Facetime…) e aproveitar as últimas horas de paz antes de voltarmos ao caos de Nova Iorque. Porque vamos ser sinceros: não sei se era do inverno, mas Washington é uma cidade calma e vazia. Transmite uma grande paz até nas horas de ponta. Como podem ver pelas minhas fotos, não cruzamos com muita gente! Ter isso em Manhattan? Impossível.
Atravessámos a rua no final da manhã e fomos ao Starbucks. Em Nova Iorque, privilegiei mais o café de pequenos cafés e de outras redes como Dunkin Donuts e do Le Pain Quotidien, então foi a primeira (de duas vezes) em que curti de novo um Starbucks nos US, nessa viagem. De novo, momento de colocar muita conversa em dia, falar do amor e projectos de mais viagens no futuro e ficar na preguiça em geral. Lembro-me que lá ficamos pelo menos uma boa hora, a ver os Washingtoniens a trabalhar ou estudar. Um máximo para ver pessoas diferentes, com quotidianos diferentes… que delícia!
Lembro-me de se terem enganado no meu café Venti, e ao invés de trocar, dei a minha bebida a um homem que estava a dormir na rua. 1-SIM, há pessoas a dormir na rua no primeiro mundo 2-estava um dia de gelar a alma, perto de -5ºC 3-NUNCA na vida alguém agradeceu um gesto meu daquela forma. Recebi uns 200 “Praise the Lord”, 300 “Sing the Hallelujah” e 500 “God bless you”. A verdade é que meia hora depois, quando sai do Starbucks, o homem já lá não estava. Espero que não lhe tenha acontecido nada de mau depois de beber meio litro de café escaldante!
Umas horas mais tarde, passeamos pelas ruas (sempre vazias) da capital e procuramos um lugar para almoçar. O Tom juntou-se a nós, na pausa de almoço dele, e tentamos um oyster bar, o Old Ebbitt Grill, um must de Washington por ser o mais antigo bar da cidade e é pertíssimo da Casa Branca. Infelizmente, estava cheíssimo (toda a população de Washington devia estar ali, só pode). Decidimos não aguardar e fomos ao Capitol City Brewing Company, um restaurante tipo Pub, onde deve ser a animação garantida em noites de jogo (Futebol Americano e outros), caso Washington tenha gente suficiente para encher um bar daquele tamanho.
Depois do almoço, apanhámos um táxi e fomos até ao United States Capitol, que vemos em todos os filmes e séries de National Security (hello Homeland!). No caminho, vi um museu que me intrigou pelo nome e fiquei com vontade de descobrir numa próxima ida a Washington: o Newseum.
O Capitol é imponente, VAZIO e lindo. E claro, tem a sua reflection pool, como todo bom monumento americano (também vi mais um em Atlanta…). No entanto, digo-vos uma coisa: essas séries americanas aldrabam muito nos panoramas da cidade na série Scandal, ficamos com a impressão que o Washington Monument e o Capitol são coladinhos um ao outro… não fiquei com essa impressão ao andar por ali (mas pode ser porque estava mesmo MUITO frio, até para mim que não sou friorenta e não conseguia andar muito rápido com o vento gelado na pele).
Depois do Capitol, fomos a pé até à National Gallery of Art.
(mais fotos após a tradução)
Dear Sophie,
While I wrote yesterday’s letter about Café Saint-Ex in Washington, D.C., everything that I lived almost a year ago came back to me. As a consequence, I decided to delay a few of my initial plans for 2014 and to dedicate this year to travelling. Staying in Angola for a whole year has not been a bad experience for me, on the contrary as I HATE flying, but I measured pros and cons, and I miss my friends more. Not having many people that I identify myself with here doesn’t help ease this feeling.
Moving on… after our marvellous supper at Saint-Ex, Tom and Jaka had some added energy I really didn’t have and went to a jazz bar. I grabbed a cab and headed back to the hotel. The morning after was just a lazy morning. We stayed in bed for several hours, talked a lot (I even remembered Facetiming my boyfriend for a long period of time that morning) and soaking up the peace of just being in Washington. As I told previously, I don’t know if the extreme cold was a factor, but Washington is an empty and very calm city. As you can confirm with our pictures, we barely saw other human beings. Having that in Manhattan would just be impossible.
In the end of the morning, we crossed the street and headed to Starbucks. In NY, I privileged small coffees shops and other chains such as Dunkin Donuts and Le Pain Quotidien, so this was the first (out of two) time I enjoyed being at Starbucks doing this U.S. trip. Again, us girls had so much to talk about, from love to projects and trips to meet again soon and it was just about being lazy in general that morning. I remember staying there for a little more than one hour and it was perfect to people watch. Looking at different people, in a different setting… that is the best we can ask for in a trip!
I remember that there was a mistake in my Venti coffee order and instead of replacing it, I ordered a new one and went outside to give the spare coffee to a homeless man I had just seen outside. 1-YES, there are homeless people in this so called 1st world country 2-It was bloody cold that day 3-NEVER in my life has a man every thanked me like he did. I got nearly 200 “Praise the Lord”, 300 “Sing the Hallelujah” and close to 500 “God bless you”. Truth is that half an hour after, when I left the café, the man wasn’t there anymore. I hope the coffee didn’t do him any harm!
A few hours after, we went for a stroll in the Washington streets (always empty) and looked for a place to eat at. Tom joined us during his lunch break and we tried the ultimate oyster bar, Old Ebbitt Grill, a must in Washington as it is the oldest bar in the city and it’s just so close to the White House. It was packed and we decided not to wait, so we opted for the Capitol City Brewing Company, some kind of huge American “pub”, where I am sure nights are heated and packed (as packed as a place might get in Washington as apparently no one lives there) on a weekday night after work.
After lunch, we grabbed a cab and headed to the United States Capitol that we get to check out in all the National Security-themed series and movies (hello Homeland!). On our way day, I saw a museum I really want to check on my next visit to Washington, as the name fascinated me: Newseum.
The Capitol is an great building, its surroundings are EMPTY and I thought it was beautiful. Of course, it has its own Reflection Pool (as all monuments seem to have in the US, I saw it again in Atlanta…). But let me tell you something: those panoramic views and stills we get to see on TV Shows such as Scandal give you the impression the Washington Monument and the U.S. Capitol are close to one another… they are not! I do not know if the extreme cold has anything to do with it, but I felt we really had to walk A LOT from one point to the other.
Our next stop was at the National Gallery of Art.
Capital Bikeshare: o Vélib de Washington! Washington's Vélib!
Posso estar errada, mas acho que esse prédio em renovação era o U.S. District Court.
I might be wrong, but I think that building in renovations was the U.S. District Court.
And one reflection pool... again...
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